Segundo Rogério Oliveira, presidente da IBM Brasil, "fenômenos como Second Life são um sinal claro da sociedade sobre coisas que ela gostaria de viver. A pressão sobre os bancos será muito forte", opinou. TI está sendo o foco principal do Ciab Frebaban 2007.
O consumidor cada vez mais informado vai mudar a indústria de consumo e, conseqüentemente, o modelo de negócio dos bancos. A avaliação é de executivos de tecnologia da informação (TI) que durante o CIAB debatem "o futuro dos bancos".
Segundo Rogério Oliveira, presidente da IBM Brasil, "fenômenos como Second Life são um sinal claro da sociedade sobre coisas que ela gostaria de viver. A pressão sobre os bancos será muito forte", opinou. O executivo citou que a própria IBM está hoje presente no Second Life e, na semana passada, realizou um treinamento com todos os canais de venda através desse ambiente virtual.
Mauricio Minas, vice-presidente da CPM Braxis, concordou ao dizer que "o consumidor não tem mais paciência, não agüenta burocracia e espera interação". Por isso, na sua avaliação, o setor de TI precisa rapidamente promover essa convergência, criar interfaces cada vez mais amigáveis e menos burocratizadas para que os bancos possam atender a essa demanda de seus clientes. Para Minas, "o banco do futuro passa por perceber que o atual modelo já não é o mais conveniente para o cliente". Ele cita, por exemplo, a quantidade de formas de autenticação hoje exigidas do usuário para evitar que seus dados sejam roubados.
Além disso, comunidades como o Orkut, por exemplo, "levam informações gratuitas para qualquer pessoa" e, por isso, ele acredita que isso gere a proliferação de "outros canais que não o bancário para intermediar os negócios financeiros de cada pessoa". Na avaliação de Oliveira, "as agências vão se transformar em ambientes de negócios" e ter seu atual formato completamente alterado. Segundo ele, a redução nos custos de comunicação e o aumento da banda larga vão ajudar a fazer essa transformação.
Guilherme Archer Castilho, diretor geral da Itautec, disse também acreditar que as agências "deixarão de ter o formato que têm hoje" e vão ser tornar lojas de negócios mais adequadas a cada público em cada região. João Abud Júnior, da Diebold Procomp, concorda que as agências irão se transformar, mas não espera que elas deixem de existir. Ele lembrou que, "mesmo com todas as consolidações na área financeira, o número de agências do País não diminuiu", mas ele também espera que elas se tornem "lojas de negócios, voltadas à consultoria financeira".
Luiz Eduardo Falco, presidente da Oi, afirmou, no entanto, que "a tecnologia já está disponível" para essas mudanças. Ele citou uma demonstração que a Oi faz durante o CIAB, de compra de Coca-Cola nas vending machines da companhia de bebidas apenas com o encostar do celular na máquina. "Esse processo utiliza um canal de voz para a confirmação da compra. É algo quase tão antigo quanto o fax".
Fonte:Taís Fuoco - Computerworld
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