Wednesday, October 8, 2008

Cem anos de imigração japonesa no Brasil

Anna Avalanche e GISA Miles

Recentemente escrevemos esse artigo para a revista deja vu. A nossa idéia era escrever um pouco sobre o Brasil em uma revista internacional e mostrar um pouco desse país maravilhoso abençoados por Deus!!

Se você deseja contribuir e possuir lindas fotos de sua cidade ou estado entre em contato com Anna Avalanche dentro do Second Life que poderemos publicar suas fotos ou artigo na revista deja vu. Evidentemente que depende muito da qualidade de suas fotos. Será um prazer contar com sua contribuição para divulgarmos o Brasil lá fora!!



Este ano a comunidade japonesa no Brasil celebra cem anos de imigração. 18 de junho de 1908 é considerado o marco da chegada dos primeiros imigrantes japoneses no Brasil. Os 781 pioneiros que vieram no navio Kasato Maru e os milhares que os seguiram, nunca pensaram em ficar no Brasil mais que poucos anos. Mas quem poderia imaginar que hoje a comunidade japonesa no Brasil seria a maior fora do Japão com aproximadamente 1.6 milhões de pessoas.



As primeiras 165 famílias viajaram 52 dias no navio e aportaram no cais da cidade de Santos, São Paulo sonhando com uma vida melhor. A maioria destes imigrantes eram agricultores, que vieram para o Brasil para trabalhar nas prósperas fazendas de café do oeste do estado de São Paulo. No início do século XX, o Brasil precisava de mão de obra estrangeira para as culturas de café, enquanto o Japão passava período de forte crescimento da população e não havia empregos suficientes para todos. Então para satisfazer as necessidades de ambos os países foi selado um acordo de imigração entre os governos brasileiro e japonês.



Nos anos seguintes, a imigração continuou. De 1918 até 1940, cerca de cento e sessenta mil japoneses vieram para morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferiu o Estado de São Paulo, no entanto, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil, até mesmo na Floresta Amazônica no Estado do Pará



Os japoneses trabalharam arduamente, e eles conseguiram juntar dinheiro e comprar suas próprias terras. Após anos de trabalho duro em fazendas de café, os imigrantes japoneses foram procurar trabalho nas grandes cidades como São Paulo, e se aglomeraram nas áreas baixa renda, porque os alugueis eram mais barato.



A comunidade japonesa no Brasil já está na sua 4ª geração. Os descendentes dos imigrantes realizam todo o tipo de atividade dentro dos setores cultural e econômico. Os imigrantes e seus descendentes participam e contribuem com amor e dedicação para a construção de um país melhor e mais desenvolvido.



Mas o desenvolvimento da agricultura foi a principal contribuição dos imigrantes japoneses ao Brasil. A alimentação foi um dos setores mais beneficiados com a mistura cultural. Eles ajudaram a desenvolver diversas variedades de frutas e legumes que não existiam no Brasil, incluindo caqui, maçã fuji e ponkan, além de melhorar a agricultura local e as técnicas de pesca. O Brasil tem ainda permitido a influência japonesa sobre a sua bebida mais famosa, a caipirinha. Feita com o tradicional vinho de arroz japonês, em vez de cachaça brasileira, as sakerinhas se tornaram uma opção muito popular em muitos bares.



A Comunidade japonesa no Brasil tem preservado a língua, costumes e tradições, tais como o Bon-Odori. A dança de delicado movimento é um reconhecimento pelas boas colheitas. O bairro da Libertade em São Paulo é como um pedaço de Tóquio, a sua rua principal ladeada de cor vermelha com portões de torii e santuários de Xintoísmo. Restaurantes de Soba , sushi bares com karaokê e os supermercados vendem aquele feijão pegajoso, o natto, e inumeráveis tipos de molho de soja.



Hoje, os heróis japoneses estão cada vez mais presentes no cotidiano brasileiro, influenciando crianças, jovens e adolescentes. O Manga tem ganhado cada vez mais admiradores no Brasil e se espalha para todos os cantos do país.



A celebração dos cem anos da imigração foi um grande evento. O Príncipe Naruito do Japão participou de vários eventos, como a inauguração da escultura em homenagem ao centenário da imigração japonesa idealizado por Tomé Ohtake, uma emigrante japonesa que se tornou a "dama das artes plásticas brasileiras".




Dentro do SL há também uma importante exposição de arte que celebra a imigração japonesa no Brasil. O professor Hinedori Watanave e sua equipe de estudantes da Tokyo Metropolitan University estão desenvolvendo uma base de dados de imagens 3D dos projetos de Oscar Niemeyer no Second Life. Este é um projeto de arte oficial "O centésimo aniversário do intercâmbio entre o Japão e o Brasil".



Japão no Brasil. Brasil no Japão

Os dois mundos existem em ambos os países. Há mais de trezentos mil brasileiros que vivem no Japão trabalhando em fábricas. As mesmas pessoas que abandonaram o seu país num momento de tantas dificuldades também aprenderam a abrir as suas portas quando os brasileiros fazem o caminho inverso. E quem poderia imaginar: o Português, hoje, é quase uma segunda língua em muitas cidades japonesas. Aparece nas placas de trânsito, é falado nas ruas e ouvido na maior rede de rádio e TV no Japão. O Dekasegis estão repetindo o padrão geral dos imigrantes: enquanto muitos deles planejam poupar dinheiro suficiente para retornar ao Brasil e montar um negócio próprio, a maioria acaba por se estabelecer em seu novo país.



Agora, da mesma forma que os imigrantes japoneses trouxeram e fixaram uma parte da sua cultura aqui, os dekasseguis fazem isso lá. Só que dessa vez esses costumes e tradições são mesclados com o que seus antepassados aprenderam no Brasil. É tudo uma grande mistura de cultura e esta é a melhor parte da globalização.





Esse artigo foi patrocinado por AA Trade Company, Cleary (128,128,0)

1 comment:

Admin Team said...

legal adoro os japoneses